Serenidade

29-08-2013 19:14

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Uma felicidade tranquila e conectada. Uma emoção agradável, mesmo se, contrariamente à alegria, tenha uma baixa intensidade. Sentimo-nos confiantes, em ligação com o mundo, coerentes. Temos a impressão de ter encontrado o nosso lugar: há um apaziguamento interior e uma harmonia com o exterior.

Por vezes provocada por aquilo que nos envolve, como quando atingimos o topo de uma montanha e contemplamos a paisagem que nos circunda, ou assistimos ao nascer ou pôr-do-sol, é, na maior parte da vezes, um fenómeno sutil que emerge quando descontraímos. Mas para o sentir é necessário estar num estado de espírito aberto ao instante presente. Se estivermos a ruminar ou distraídos, será bem mais difícil.

Como todas as emoções positivas, a serenidade não se experimenta de uma forma contínua e permanente. O nosso trabalho consiste em tentar aumentar a frequência do seu aparecimento, fazê-lo durar e saboreá-lo o mais possível.

O estado de serenidade não supõe retirarmo-nos numa “fortaleza”, mas colocarmo-nos em ligação com o mundo: um estado de presença intensa, mas não reativo, àquilo que constitui aquele preciso instante na nossa vida. Impregnar-se da paz de um ambiente... Através da oração… O que favoriza o surgimento da serenidade é tomar, regularmente, tempo para parar de agir, de querer, de correr atrás de resultados, seja eles quais forem.

“Parar, observar, respirar.” Abrir o espírito a tudo o que está em nós e ao nosso redor, a cada instante.

Não reagir, mas agir num mundo que tenta fazer-nos crer que a urgência está em todo o lado. A serenidade consiste em recusar as falsas urgências. Um instrumento de sabedoria e discernimento.

 

Fontes: Psychologies - Septembre 2013

Christophe André, “Être serain c´est refuser les fausses urgences”