Nunca é tarde para mudar
"Há cerca de vinte anos, a afirmação de que na hora do nascimento, o cérebro já contem todos os seus neurónios, e que este número não é alterado pelas experiências vividas, constituia um dogma genericamente aceite pelos investigadores das neurociências. Actualmente, sabemos, pelo contrário, que até ao momento da morte, se verifica a produção de novos neurónios, difundindo-se até o conceito de neuroplasticidade que dá conta do facto de o cérebro evoluir continuamente em função das suas experiências, podendo ser profundamente transformado na sequência de um treino específico, como a aprendizagem de um instrumento musical ou de um desporto, por exemplo. Ora, a atenção, o altruísmo e outras qualidades humanas podem também ser cultivadas, dependendo igualmente de um saber-fazer que é possível adquirir."