Dar sentido à vida

25-07-2013 17:55

 

 

“O que faz sentido para mim? Amar e compreender. Amar os amigos, as crianças, os animais, as gargalhadas. E compreender, ler, falar, duvidar… Duvidar é a agitação do pensamento.” 

Boris Cyrulnik
 

 

imagem tirada da internet

 

 

Em determinados períodos da nossa vida surge, inevitavelmente, a questão: “Para onde corro? Onde vou?” Um questionamento próprio do ser humano “animal consciente” talhado de sentido, nos dois sentidos do termo: a direção a tomar, assim como a razão de ser da existência.

     Porquê? Porque só ele está consciente da sua mortalidade. Como nos diz Michel Houellebecq “nascemos, reproduzimo-nos uma ou duas vezes e depois morremos”. É a tomada de consciência desta aparente absurda realidade da nossa existência que nos leva a tentar encontrar o sentido da vida. Fascinante, responsabilizante, esta aventura, e também fatigante, dado que não temos, forçosamente, um modelo a seguir. Não há um único sentido dado por qualquer referência exterior e sobre o qual se apoiar, mas sentidos que cada um se esforça por tecer de forma singular, no quotidiano, na vida de cada dia.

Para um cada vez maior número de pessoas que quer colocar a atenção e consciência nos seus gestos quotidianos “a vida de cada um é uma sequência de oportunidades únicas de totalizar o sentido”. Como nos diz Christiane Singer “não se trata de dar um sentido, mas criar em mim as condições para acolher a sua claridade, de me tornar, pouco a pouco, porosa, porosa à vida!”. Acolhamos esta luz que se eleva sobre as horas, descubramos a cor de cada momento.