Praticar a hospitalidade
10-08-2013 11:11
“Todo o ser humano é diferente de mim e único no universo; não sou eu, por conseguinte, quem tem de refletir por ele, não sou eu quem sabe o que é melhor para ele, não sou eu quem tem de lhe traçar o caminho; com ele só tenho o direito, que é ao mesmo tempo um dever: o de o ajudar a ser ele próprio.”
Agostinho da Silva
imagem da net
“O Homem, nascendo por fazer, em aberto, tem de fazer-se a si mesmo e caracteriza-se por essa tarefa de fazer-se com outros numa história aberta, em processo. No processo de nos fazermos o outro não é adjacente, mas constitutivo. Só sou eu, porque há tu, em reciprocidade. A minha identidade passa pelo outro, num encontro mutuamente constituinte.”
Anselmo Borges
“Apesar das aparências a alteridade é o parente pobre da nossa cultura.”
A aceitação plena das diferenças sociais, religiosas, raciais é um dos grandes desafios do século que vivemos. Muitas vezes não nos apercebemos, sequer, das nossas pequenas e grandes intolerâncias. E isto ocorre nas situações mais triviais. Entretanto, o “novo” impõe-se a cada instante. Há que estar preparado para o acolher: Estar receptivo a novas ideias, ou seja, manter a curiosidade e a abertura de espírito, saber ouvir sem preconceitos. Urge consciencializarmo-nos de que o encontro com a diferença é uma fonte imensa de enriquecimento e reforço da nossa própria identidade.
Para avançar na construção de um mundo mais acolhedor, um mundo em que o ENCONTRO se revele uma realidade, podemos começar por pequenos/grandes passos na prática da hospitalidade:
- Adoptar, de tempos em tempos, mentalmente, um ponto de vista diferente, oposto ao nosso, a fim de vermos o mundo e os outros numa outra perspectiva; abrir o nosso grupo de amizade, profissional ou familiar, tomando uma refeição, recebendo uma pessoa que não teríamos escolhido espontaneamente.