“Como vai o teu olhar?”

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No seu livro “O sentido do outro”, Elena Lasida fala-nos de uma comunidade na aldeia La Union, em Chapas, no sudeste mexicano. Uma aldeia em que se comunica mais pelo olhar do que pela palavra. Em vez do nosso tradicional “Como estás?” perguntam “Como vai o teu olhar?”

Diz-nos a autora:

“Estão bem cientes de que a cor e a luz que tomam as coisas exteriores dependem do humor da pessoa que as olha. A conversa situa-se assim, desde o início, no nível existencial. Não se fala da realidade em si, mas da maneira como cada um a vê. É sinal de sabedoria situar sempre a palavra, tanto a própria como a alheia, no âmbito da percepção e, portanto, da experiência vivida por cada um.”

“Como vai o teu olhar?”