CAMINHO A PERCORRER

19-01-2014 15:47

  1. Libertar-me do ego, encontrar a minha verdadeira natureza, aprender a deixar de me identificar com a mente.

Consciencializar-me de que o ego não passa de uma construção mental, uma entidade imaginária que se alimenta de triunfos e fracassos.

“Acalentado pelas suas constantes ruminações o sofrimento confirma-lhe a existência.”

Não estar sujeita às contingências emocionais, vulnerável às opiniões alheias e aceitar, interiormente, as circunstâncias, quaisquer que elas sejam.

  1. Não me apegar a pensamentos do que se passou, nomeadamente a padrões de dor, censura, recriminação.

“Se for esse o caso, tal significa que não perdoou. A incapacidade de perdoar é muitas vezes dirigida a outra pessoa ou a si próprio, mas pode, igualmente, ser dirigida a uma situação ou uma condição – passada, presente ou futura – que a sua mente se recusa a aceitar (…) Perdoar significa não oferecer qualquer resistência que a vida viva através de si.”

  1. Libertar-me de formas de julgamento que poluam o olhar sobre o outro e sobre mim mesmo.

O julgamento, seja positivo ou negativo, remete para uma vulnerabilidade emocional e afetiva, para feridas narcísicas. Se não tivéssemos sido submetidos ao julgamento, não julgaríamos os outros e não julgaríamos a nós próprios.

No coração do julgamento, o ego ávido de reconhecimento está sempre lá: “O que é que eu valho?” Quanto mais julgo o outro, mais duvido do meu valor.

Se encararmos o julgamento como a nossa parte de sombra, de sofrimento, de fragilidade, ele transforma-se num convite a ver mais de perto aquilo que grita ou chora em nós.

Quando não julgamos, quando aceitamos o outro e o que somos, sentimo-nos mais presentes, mais vivos, unificados, em paz.

Praticar o não julgamento é libertarmo-nos das nossas prisões mentais e pacificar o nosso coração.

 

4. Aceitar, abandonar-me, confiar

“Aprender a viver é aprender a abandonar, a renunciar.”

“É a resistência ao que é que cria sofrimento (…) A liberdade implica deixar o conhecido e ter a vontade e a confiança para entrar no grande campo do desconhecido a cada momento da sua vida.”

 

5.Ficar mais consciente da presença de Deus

O Amor de Deus é infinito e a ele posso aceder, faço parte de Deus para além de Ele estar em mim (“todos sabem que a gota de água se funde com o oceano, mas poucos sabem que o oceano se funde com a gota de água”).

Sentir que a minha verdadeira natureza tem um âmbito infinito, é pura, incondicionada e incapaz de sofrer danos.

 

6. Amar, amar, amar

“Imagine que você tem uma tigela de água e que alguém coloca uma mão cheia de sal na água da tigela; ela tornar-se-á, então, demasiado salgada para beber. Mas imagine que alguém tenha jogado uma mão cheia de sal num rio limpo de montanha. O rio é profundo e largo o suficiente para você poder tomar a água sem que ela pareça salgada.

Quando o seu coração é pequeno você sofre demais. Mas quando o seu coração se torna maior, muito grande, a mesma coisa já não o faz sofrer tanto. Assim, o segredo é ajudar o seu coração a crescer (...)

 Ajudar o coração a crescer, kshanti paramita, é a capacidade de abraçar todo o mundo, tudo, você não exclui ninguém (…)

A prática da inclusão consiste em ajudar o seu coração a tornar-se maior, maior e maior.”