A dádiva do quotidiano

10-08-2013 10:38

“Que dádiva de vida fui capaz de oferecer hoje?

Que palavra, que olhar, que sorriso, que gesto, que disponibilidade, que conforto, ofereci, recebi, revelei?


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Quem, no dia-a-dia, aceita o desafio de dar, àquele que encontra, o sentimento de enriquecer a sua vida, de embelezar o seu olhar, de ouvir a sua palavra, de se sentir mais amável e mais presente? Quem ousa criar o projeto de se aceitar melhor, de ser capaz de se fazer amado e amar a todo o momento, tornando-se, assim, um semeador de vida?”

Jacques Salomé
 

 

A nossa tendência, quando nos perguntam sobre a nossa vida, é a de nos centrarmos em datas que representam grandes acontecimentos, algo extraordinário. No entanto, se pensarmos bem, os grandes acontecimentos contam-se pelos dedos. O que preenche verdadeiramente a nossa vida não são os grandes acontecimentos, mas os pequenos gestos, as dádivas de cada dia. É o quotidiano que nos revela e transporta para algo maior. Saibamos acolher, em consciência, os pequenos acontecimentos, aquilo que nos embeleza o olhar e a alma, a cada momento. E no final de cada dia perguntemo-nos:

“Sorri? Dei? Ajudei? Amei? Admirei? Ao menos uma vez? Ao menos um pouco?”